Planejamento financeiro empresarial: 6 dicas para montar o seu

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Em um cenário de alta concorrência, as organizações precisam analisar, com bastante cuidado, os investimentos a serem realizados. Uma decisão equivocada pode prejudicar o futuro de uma companhia e levá-la à falência. Para minimizar esse risco, uma ótima iniciativa é elaborar o planejamento financeiro empresarial.

Nele, devem estar as informações necessárias para uma instituição gerenciar as finanças de maneira estratégica. À medida que uma empresa controla o orçamento, maiores são as possibilidades de manter o negócio sustentável e de adotar ações que contribuam para expandir a participação do mercado.

Com a intenção de mostrar a importância de elaborar um bom planejamento financeiro, vamos destacar, neste post, 6 dicas para fazê-lo da melhor forma possível. Confira!

1. Analise a situação atual da empresa

A avaliação de uma organização é um passo importante para a montagem do planejamento financeiro empresarial. Um dos motivos é que servirá de base para decidir como os recursos serão utilizados. O ideal é que sejam feitas algumas perguntas para estabelecer como o dinheiro será distribuído, como:

  • Como a organização está inserida no mercado?
  • O que é necessário para a instituição ter um maior reconhecimento junto ao público-alvo?
  • Quais iniciativas são fundamentais para a melhoria dos serviços?
  • Qual é a capacidade de investimento em curto, médio e longo prazos?
  • Qual é o nível de endividamento?

Ao responder essas perguntas, o empresário terá uma dimensão das prioridades da companhia. Dessa forma, aumentará as chances de administrar o orçamento com bom senso e inteligência. Nessa etapa, também é importante fazer um balanço patrimonial — atividade que permite verificar a situação econômica ao mensurar os ativos (receitas, bens, etc.) e os passivos (contas a pagar, dívidas, etc.).

2. Adote uma planilha para fazer o planejamento financeiro empresarial

O conhecimento de como a empresa está financeiramente é peça-chave para planejar como os recursos serão utilizados em um determinado período (mês, trimestre, semestre e ano). Para as informações estarem disponíveis e contribuírem para a tomada de decisão, uma boa medida é utilizar uma planilha.

Nela, devem conter dados sobre os recursos que entrarão no caixa. As fontes de renda podem ser divididas por tipo (vendas, recebimento de dívidas, etc.). O mesmo procedimento precisa ser adotado com relação aos gastos (pagamento de funcionários, quitação de parcelas de empréstimos, por exemplo).

Se for possível, procure reservar uma parte do orçamento para despesas imprevistas, como eventuais problemas nos equipamentos. Assim, a organização terá mais condições de manter as atividades em funcionamento, o que é imprescindível para manter a credibilidade e o respeito junto ao público-alvo.

As informações da planilha são muito relevantes para o gestor verificar o que deve ser realizado durante uma determinada época do ano. Sem controle dos gastos é, praticamente, impossível fazer investimentos que apresentem resultados expressivos.

3. Elabore o orçamento

Com os dados bem estruturados sobre as receitas e as despesas, chegou o momento de fazer o orçamento. Esse mecanismo é fundamental para o planejamento financeiro empresarial ser realizado com eficiência, porque permite avaliar alguns itens, como:

  • verificar o dinheiro disponível em caixa;
  • dimensionar os custos fixos (relacionados com o funcionamento do negócio, independentemente da produção) e os variáveis (aqueles que são afetados pela atividade produtiva);
  • analisar a capacidade de investimento;
  • estipular os recursos necessários em termos financeiros para atingir as metas.

O ideal é que o orçamento seja apresentado de maneira transparente para os funcionários. Essa ação vai contribuir para que eles estejam mais envolvidos com as atividades a serem realizadas e possam atuar de maneira mais produtiva na geração de receitas e na redução dos gastos.

Outra medida válida é fazer a atualização orçamentária por mês. Isso ajuda uma empresa a analisar e decidir como gerenciar as finanças. Por exemplo, foi detectada a necessidade de fazer uma campanha de marketing junto ao público-alvo. Ao avaliar os recursos disponíveis, fica mais fácil estipular o que pode ser investido nessa ação, sem comprometer o orçamento.

4. Adote metas bem definidas

O planejamento tem como principal objetivo fazer com que uma organização tenha parâmetros de desempenho. No caso das finanças, é essencial que exista um mecanismo para acompanhar a performance e analisar a necessidade de mudar as atividades que estão previstas.

Uma empresa necessita de informações confiáveis e atualizadas em tempo real para não tomar decisões equivocadas. Um erro na gestão orçamentária pode comprometer seriamente as finanças e fazer com que a companhia perca clientes e espaço para a concorrência.

Por isso, é necessário o empreendedor estipular uma série de metas que devem estar relacionadas com o uso das finanças, como:

  • diminuir o custo fixo;
  • expandir o faturamento;
  • priorizar a quitação de empréstimos em curto prazo;
  • obter mais descontos juntos aos fornecedores;
  • aumentar a capacidade de investimento com recursos próprios.

Sem dúvida, uma companhia estará mais bem estruturada para crescer com sustentabilidade, caso estabeleça objetivos viáveis de serem concretizados.

5. Tenha capacidade de prever diferentes cenários

O planejamento financeiro empresarial não pode ficar restrito apenas a um contexto. É válido fazê-lo pensando em diferentes conjunturas, o que engloba momentos de maior cautela e períodos mais favoráveis para os investimentos.

Os resultados obtidos pela organização, o comportamento dos concorrentes e a postura dos consumidores são aspectos que devem ser levados em consideração na gestão das finanças.

Imagine que uma loja de sapatos obteve lucros significativos nos últimos dois anos. Pensando em aumentar a participação no mercado, opta por abrir uma nova filial. Contudo, a população da localidade teve uma queda na renda, afetando o comércio. Se isso fosse devidamente analisado, a empresa não teria tomado essa decisão.

A capacidade de prever cenários é um fator cada vez mais relevante para uma empresa superar as dificuldades e apresentar um bom desempenho.

6. Procure negociar os pagamentos

O relacionamento com os fornecedores precisa ser muito bem estruturado, pois uma instituição deve buscar contar com recursos de ótima qualidade com o menor custo possível. Essa postura é essencial para ter preços competitivos e maior capacidade de atrair os clientes.

Além disso, é uma forma de minimizar os riscos de um endividamento. Caso seja necessário fazer um empréstimo, o indicado é negociar os prazos e os juros para as parcelas não terem um impacto significativo na qualidade dos serviços.

As organizações que administram, devidamente, as finanças, têm mais possibilidades de fazer investimentos e de negociar condições mais favoráveis de pagamentos com fornecedores e instituições financeiras.

Para você elaborar um excelente planejamento financeiro empresarial, leia, agora mesmo, este post sobre financiamento para micro e pequenas empresas. Estar bem informado é uma ótima ação para conseguir bons resultados!

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